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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Limpando o Casco de seu cavalo


Tudo mundo sabe a importância de uma boa limpeza nos cascos. Alem dar conforto ao animal você detecta cedo eventuais problemas que possam existir. No entanto, muitas pessoas sentem dificuldade em faze-lo por não conseguirem que seu animal levante a pata. No começo peça que alguém te ajude, segurando o animal posicionando-se do mesmo lado em que você pretende fazer a limpeza, assim, caso o cavalo reaja ela poderá segurá-lo puxando a cabeça do animal contra você.

 
Vá com calma...
  Com um cavalo novo, tenha calma, faça o trabalho devagar. Comece massageando ou dando tapinhas até que ele se sinta confortável com o toque de suas mãos.
A medida que for aceitando esta pratica, a rotina prosseguirá normalmente. Use a mão que está livre para dar tapinhas por toda a perna desde da espádua até o casco. Somente quando o cavalo se sentir a vontade é que você começa a usar o limpador. Lembre-se que o cavalo tem que sentir prazer em todo o processo, tem que se habituar como uma prática agradável, isto facilitará muito. Quando o animal estiver tranqüilo por completo é que se pode amarra-lo em um cabresto e deixar a prática mais segura.

 
Pegando o membro dianteiro...
Comece posicionando-se corretamente, ou seja, se você vai limpar as patas dianteiras, fique em pé do lado do cavalo. Quando o cavalo já estiver acostumado, ele logo erguerá a pata ao sentir o toque de suas mão em seus membros. Uma prática segura é empurrar a espádua do cavalo com seus ombros para que ele desloque seu peso para as outras patas. Uma vez que a pata estiver levantada segure-a com uma mão e limpe com a outra.

 
Cuidando do membro traseiro...
O processo é parecido com o das patas dianteiras, mas talvez um pouco mais complicado devido a conformação do animal (anatomia do jarrete). Primeiro levanta a pata para frente, somente depois vire-a para trás. Para pegar a pata traseira, fique de pé ao lado da garupa na altura da anca do cavalo. É importante ficar bem perto, pois caso o animal tente dar coice, será mais fácil esquivar-se. Apóie as duas mãos na garupa do animal e depois vá descendo por trás do quarto traseiro do animal. Quando suão mãos atingirem a canela faça leve pressão até que ele dobre seu jarrete e estenda-o para frente (antes de vira-lo para trás).

 
Segurando a pata...
Segure a pata de seu cavalo distante do chão para que ele perceba que você quer mantê-la em suas mãos. Faça com que perna, joelho e jarrete dobrem naturalmente.
Muitas pessoa gostam de, ao segurar os pés, apoiar os cascos entre os joelhos.

 
Limpando o casco...
Quando a perna estiver em suas mãos, ou em seu colo, e o cavalo não estiver mais puxando, comece a limpeza do casco. Para a sua segurança, nunca limpe enquanto o cavalo estiver puxando, ou tentando estirar.
O material usado é um limpador de metal, normalmente coberto com borracha onde você segura. Mas, a maioria prefere o modelo de plástico ou ferro. Existe alguns que ainda tem uma escova acoplada para fazer a limpeza dos entulhos mais fácil.

 
Medidas de segurança...
Com um cavalo novo ou irrequieto amarre-o ou tenha alguém para segura-lo. Com um cavalo novo ou irrequieto amarre-o ou tenha alguém para segura-lo.
Nunca mexa, ou tente levantar a pata sem antes manter um contato com a parte superior do corpo do animal, pois os mesmos podem reagir dando coices ou pulando de surpresa.
Nunca sente no chão para limpar os cascos de um cavalo. Você fica sem mobilidade caso o cavalo queira se mexer ou dar coice.
Nunca casquei um cavalo quando estiver descalço, pode ser perigoso.
Caso moscas sejam o problema, passe um spray repelente em seu cavalo, antes mesmo de segura-lo, para evitar que o incomodem.






quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Doma Racional

Cada vez que aumentamos nossa experiência com cavalos vamos conhecendo melhor seu estilo de vida e descobrindo as coisas úteis, certas e boas, portanto muitas vezes nós se perguntamos: qual é a melhor maneira de colocar a sela? Como por a cabeçada? Que tipo de embocadura usar?


 São duvidas comuns para qualquer cavaleiro. Até os mais experientes cometem enganos e deixa o animal desorientado ainda mais  que cada cavalo é um tipo e cada um tem uma forma de trabalhar e a reagir às coisas que fazemos.

No manejo diário para doma e treinamento, as atitudes vão se tornando tão mecânicas que as chances de se cometer faltas só tendem a aumentar.
Começando nos apetrechos que  compõe os equipamentos eqüestres: podem se tornar inimigos da sua montaria caso não  sejam usados de forma correta, e as coisas vão aumentado como uma embocadura mal escolhida e mal ajustada, sela grande para cavalos pequenos. São fatores que à primeira vista podem parecer sem muita importância, mas que a longo prazo poderão trazer traumas e perigos.

Início da doma
No início da doma é uma fase bastante delicada, e se fizermos os primeiros contatos com o potro usando atenção, paciência e principalmente numa seqüência coerente, evitaremos erros e dores de cabeça. Aí vão alguns "certos" e "errados" para você se orientar e ter a chance de corrigir possíveis enganos.
Certos
1- Aproximar de um potro em inicio da doma com tranqüilidade e segurança mesmo com cavalos desconhecidos que você não tenha contato constantemente. Pegá-los em um local onde seu espaço seja limitado, facilitando a aproximação.

2- Colocar o cabresto pelo focinho e passar por trás das orelhas conversando principalmente com o potro e outros enquanto coloca lentamente sem assustá-lo.

3- Usar voz firme e sempre igual, isto é, no mesmo tom para que o animal entenda o que você espera dele.

4- Recompensar o cavalo com carinhos no pescoço a cada etapa executada de maneira correta, lembrando que deve-se premiar no momento em que o animal realiza corretamente a tarefa pedida.

5- Parar com a insistência ou aula assim que o animal realize por algumas vezes o que lhe foi pedido. Ministrar os ensinamentos progressiva e repetidamente.

6- Encilhar o animal pelo lado esquerdo, entretanto o cavalo bem domado aceitará o manejo pelos dois lados.

7- Para cada tipo de animal, melhor dizendo para cada tipo de modalidade que você quer fazer com seu animal necessita de selas diferentes, selas tipo australianas são usadas normalmente para cavalos de marcha, selas tipo Western coloca-se em cavalos Árabes e Quarto de Milha, selas tipo seletas mais leves usa-se em cavalos de corrida e saltos.

Errados:
1- Não se aproximar brutalmente principalmente pela sua traseira. Os cavalos têm medo dos homens e com susto poderão reagir repentinamente.

2- Não  colocar o cabresto rápido e não amassar as orelhas, pois podem sentir dor ou irritação, e o animal pode reagir e criar traumas, difíceis de tirarem.

3- Não rode o animal com o cabresto e evitar dar puxões fortes.

4- Não repetir as palavras de comando na hora que o animal está realizando os ensinamentos. Se ele esta fazendo é porque já entendeu e a voz de comando nessa hora só irá confundi-lo.

5- Não recompensar o animal após não ter feito o que foi pedido ou recusar. Nunca bata em seu cavalo, pois só servirá para desorientá-lo.

6- Não pare com o trabalho ou a aula no momento que o cavalo errar o exercício. Caso o cavalo não execute o exercício de forma correta, mesmo que depois de algumas tentativas, mude o exercício para um mais fácil e termine a aula. A repetição demasiada cansa fisicamente e mentalmente o cavalo. Ele ficará cansado e perderá a disposição e o rendimento. Por isso procure variar as lições para mantê-lo sempre atento e disposto.

7- Não jogar o material que irá no dorso, pois é um lugar sensível (perto do rim) e esse impacto provocará dores e traumas.

8- Não usar a embocadura muito forte quando o cavalo é sensível e aceita o comando do cavaleiro rapidamente e a embocadura muito apertada poderá ferir o canto da boca.

Lembre-se dessas dicas e use sempre com muita calma e nenhuma violência nos comandos aos cavalos, eles irão te respeitar e aprender!
Caso você não tenha paciência e nem tem tempo, em Bandeirantes no Paraná temos excelentes domadores de cavalos, um exemplo é Edimílson do Centro de Treinamentos de Animais Bela Vista, conhecido e respeitado no meio eqüestre, nos envie um e-mail que retornaremos logo em seguida.

Selas

Sela Americana
Escolha sua Sela.
A Importância da sela para o cavaleiro e o reflexo da sua utilização para o cavalo.
Modelos de selas, há tantos quanto modalidades eqüestres.
Escolher o modelo mais adequado para cada gosto e finalidade pode ser fácil:
Quando acabamos ficando com aquela que "todo mundo usa",numa hípica ou entre os praticantes de determinado esporte. Pode ser fácil, quando compramos nosso primeiro cavalo e nos vemos meios confusos com a diversidade de modelos que existem até mesmo numa loja agropecuária, quanto mais numa selaria especializada. Entretanto, a escolha é bem facilitada quando, antes de preço, modismo ou aparências pensarmos numa definição simples: "toda sela tem que ser confortável para o cavalo tanto quanto para o cavaleiro, adaptando-se à anatomia de ambos de modo a permitir ao cavalo liberdade de movimentos sem dor, e ao cavaleiro manter-se equilibrado com o mínimo dispêndio de força".
Ora, a utilização do cavalo como animal de sela é muito anterior à invenção da sela. O famoso tratado sobre equitação redigido pelo general grego Xenofonte por volta de 200 a.c já descrevia uma equitação bastante avançada, porém na qual se montava em pêlo, no máximo sobre mantas finas, porém sempre sem estribos.

Sela Australiana
Em Pêlo
Montar bem sem sela é possível, e é surpresa para muita gente aprender que um bom cavaleiro em pêlo é mais agradável para o cavalo do que o mesmo numa sela que não sirva para aquele cavalo, exercendo pressão desigual e/ou em pontos inadequados do dorso do animal. Alías observo com freqüência cavaleiros iniciantes ou até intermediários que reagem com espanto quando ouvem que há diferentes tamanhos de selas para diferentes cavalos - "pensei que fosse tudo igual",ou ainda "nunca ninguém tinha me falado isso" são reações freqüentes. Isso equivaleria a assumir que um único tamanho de sapato, ou de chapéu, servisse para toda as pessoas do planeta...

Sela Americana
O Conforto do Cavalo
Quando escolhemos uma sela, o conforto do cavalo tem que ser nosso primeiro critério, pois afinal é ele que está "carregando o peso", e seu desempenho jamais será o esperado quando a sela lhe provoca desconforto. A sela deve se apoiar na musculatura lateral de ambos os lados do dorso do cavalo, deixando a coluna vertebral (a parte óssea) inteiramente livre de contato e de pressão, mesmo quando o cavalo se encontra acomodado nela. Os painéis laterais( suadouros ) devem fazer contato com o máximo possível de superfície corporal,distribuindo a carga por igual. É muito comum encontramos selas largas demais utilizadas em cavalos de cernelha alta e/ou musculatura dorsal pouco desenvolvida, o que leva a contato constante do cepilho com a cernelha. Isto é o caso quando selas feitas para cavalos de tipo quarto-de-milha (de dorso largo e cernelha mais baixa) são colocadas em cavalos mais finos,tais como mangalargas ou mestiços.Assim são causadas as famosas pisaduras de cernelha ou de lombo, além de dores generalizadas e mal diaguinósticas no cavalo.
Sela Australiana
O Equilibrio
É por isso que falamos acima que o bom cavaleiro sem sela é mais confortável para o cavalo - o cavaleiro em pêlo é obrigado a buscar o próprio equilíbrio adaptando a tensão muscular e a distribuição de seu peso ao cavalo, sob pena de cair ou de ficar numa situação muito desconfortável.
Ninguém fica socando a próprio coluna sobre a coluna do cavalo, porem transfere o contato para a musculatura de coxas e nádegas, ação também da armação de sela bem confeccionada. Aumentadas sua firmeza e equilíbrio, o cavaleiro gasta menos energia para se manter montado e o cavalo é novamente beneficiado, sem um "peso morto" a lhe socar no lombo,e assim mantém movimentos cadenciados e um dorso oscilante que facilitam ao cavaleiro que lhe acompanhe os movimentos. Este é o "circulo benéfico" Que devemos buscar, e não o inverso que tantas vezes encontramos: sela que machuca - cavalo contrai o dorso - o cavaleiro "soca" - aumenta o impacto sobre a sela, que machuca mais - o cavalo se contrai mais ainda...e assim por diante. Claro também que uma boa sela ajuda a equitação correta, mas não faz milagres para quem não tiver um mínimo de noções sobre técnica correta de montaria.

Sela Americana
Depois o Cavaleiro
Independente da modalidade, a sela precisa colocar o cavaleiro não numa posição "sentada em cadeira" E sim numa atitude semelhante a quem está parado em pé com as pernas flexionadas: mais para as modalidades que utilizam estribos curtos, tais como o salto, e menos para aquelas em que o cavaleiro se vale da perna alongada, como no adestramento; o eixo vertical do corpo do cavaleiro precisa sempre se mantido,e isto com um mínimo de esforço. Alguns problemas de construção da sela que dificultam esta posição, e que são freqüentes em modelos baratos, incluem os loros (correias dos estribos) colocados muito à frente, e o assento (parte mais funda da sela) inclinado para trás.Além disso, há tamanho de sela adequados a cada tipo físico, tanto altura quanto peso e até anatomia do quadril de cada pessoa. No Brasil, as selas de hipismo vêm em sua maioria no tamanho "17 polegadas", que é o comprimento do assento medido de sua parte traseira central até uma das laterais dianteiras. Ainda que este tamanho atenda ao "tipo mediano", pessoas altas ou de quadril mais largo necessitam de uma sela 17 ou 18 polegadas, enquanto as menores (16 polegadas) são indicadas para crianças e jovens. Raciocínio semelhante vale para as selas de trabalho ou de passeio, ainda que nestas a medida seja feita de maneira diferente.
Sela Americana
Por que tanta Diferença de Preço?
Num passeio pelas lojas, é possível ver muita diferença de preços de selas.Generalizando, vale dizer que as importadas da Europa e EUA são as mais caras, e muitas vezes (mas nem sempre) têm excelente acabamento, e acabam compensando do ponto de vista custo-benefício, ou seja, da duração de sua vida útil. Cuidado com as selas anunciadas como "importadas", cuja origem é Paquistão ou Índia, e que de modo geral deixam muito a desejar em termos de acabamento e qualidade do couro. Para iniciantes e amadores de todas as modalidades, selas nacionais de qualidade acabam por ser a melhor escolha, aliando bom artesanato e acabamento correto a um preço intermediário. Selas nacionais muito baratas, especialmente alguns modelos de selas australianas muito em voga entre cavaleiros de lazer, quase sempre pecam por acabamento, couro fraco e desequilíbrio entre suas metades, comprometendo a segurança do cavaleiro e o conforto do cavalo.Costumamos aconselhar aos nossos clientes que é melhor esperar mais um pouco e comprar logo uma sela melhor, se for o caso com a acessória de um treinador profissional ou de um cavaleiro mais experiente. A sela barata acaba sendo uma falsa economia, pois depois de alguns meses seu proprietário reconhece que precisa de outra, gasta mais dinheiro - e jamais conseguirá se livrar da primeira sela, que não usa mais!
Selas Usadas
Raciocínio semelhante vale para a aquisição de selas usadas: pode ser um ótimo negócio, quando se trata de material de qualidade que sempre foi bem conservada.Pode não compensar, quando a sela precisa de muitas reformas, re estofamento e outros serviços que dependem de um seleiro capacitado, o qual não exite em todas as regiões do país. O "oficio de seleiro" é uma profissão artesanal das mais antigas, que dependem de longos anos de aprendizados e experiência. Cada boa sela é quase uma obra de arte individualizada, que em seus detalhes oculta horas de trabalho utilizando ferramentas as quais, por mais especializadas que sejam, dependem das mãos do mestre-artesão para funcionarem corretamente. O preço que se paga por uma sela de qualidade vem de todos esses fatores.
Sela Americana
Considerações Principais Para a Escolha da Melhor Sela
a) Utilização: lazer, trabalho ou esporte?
Uma sela para passeio pode ser mais simples e leve, enquanto aos adeptos de romarias e desfiles preferem modelos mais ornamentados. O trabalho com gado exige selas reforçadas, enquanto cada esporte tem sua sela própria.
b) Tipo racial e conformação do cavalo:
As medidas da sela precisam corresponder à anatomia do animal.Selas grandes ou pequenas demais causam machucados e até inutilização do cavalo, além de provocarem nele atitude rebelde, podendo fazê-lo empinar ou corcovear.
c) Altura e medidas do cavaleiro:
Os bons fabricantes oferecem medidas de selas adequadas para crianças e adultos; também há variações de acordo com o peso e as medidas do usuário. Conforto e segurança são essenciais para se poder cavalgar com segurança.

 
Sela Americana
Caracteristicas de uma boa sela
" Seus suadouros se apóiam uniformemente na musculatura dorsal do cavalo;
" Os estribos são fixados numa posição que possibilita a boa colocação de perna do cavaleiro, na vertical como se ele estivesse de pé com as pernas ligeiramente flexionadas;
" Tem os loros feitos de uma tira de couro forte e inteiriça, sem ser emendada por costuras;
" É feita de couro resistente a estiramento excessivo ou desgaste precoce;
" Tem as ferragens confeccionadas em metal inoxidável;
Suas barrigueiras ou cilhas tem, espessuras e acabamento que evita assaduras no cavalo.

Freios E Bridões


EMBOCADURAS: Por que, como, qual e quando.
Já foi dito que as embocaduras seriam a "chave" para cada cavalo.
Isso é mesmo verdade? E se não for, como descobrir a embocadura certa para cada caso e como aciona-la? Dúvidas quanto ao uso das embocaduras - bridões e freios em seus diversos modelos - estão entre os problemas mais comuns encontrados por todos os cavaleiros, de iniciantes a avançados. Quantas vezes já ouvimos que remédio para um cavalo desobediente está no uso de um freio mais "forte"?
E quem de nós sabe explicar com precisão os motivos para o uso de um modelo de embocadura em determinado cavalo?
E a expectativa de algumas pessoas,que buscam num "bridão diferente" uma solução mágica para um cavalo considerado problemático.
Estas perguntas são feitas com muita freqüência pelos leitores da Horse Business.
Elas foram à inspiração para a realização de um "workshop de embocaduras", na Escola Desempenho de Equitação, onde combinamos aulas prático- teóricas a demonstrações montadas, utilizando tanto cavalos-modelo quanto animais de correção.
Quem não esteve lá poderá conferir abaixo uma síntese dos momentos mais interessantes e estimulantes.
O uso de embocaduras é o assunto mais controverso da história da equitação e pode ser uma fonte de equívocos atribuir a essa ferramenta atributos que ela não tem. A filosofia de que a embocadura é a chave do cavalo é reflexo do antigo pensamento mecanicista onde se "guiava"o animal com a embocadura. Hoje, a moderna neurofisiologia da equitação nos dará uma visão bem diferente do que ocorre.
O fato é que nenhuma embocadura jamais resolveu o problema que seu inventor preconizou, e a sua verdadeira função só pôde ser avaliada depois das descobertas realizadas na neurociência na segunda metade do século 20.

Origem da Embocadura
Os bridões articulados de ferro já estavam em uso na Mesopotâmia e no Oriente Médio há mais de 3.200 anos; os freios foram inventados pelos celtas há cerca de 2.400 anos. O bridão articulado tem uma ação direta sobre as barras, que são as áreas desprovidas de dentes da mandíbula inferior, onde ele faz contato, e sua ação quebra-nozes pode fazer contato também com o céu da boca do cavalo. Para ser corretamente usado, o bridão exige o uso das duas mãos.
As câimbras (pernas laterais) do freio e a barbela são responsáveis por seu efeito de alavanca e isso aliado à sua peça central rígida permitiu o uso de uma só mão do cavaleiro, liberando a outra para o uso de armas, ainda mantendo um grande controle do cavalo. Isto possibilitou o surgimento da cavalaria mais pesada, especialmente a partir da Idade Média. Nesta época, o pensamento mecanicista criou uma enorme variedade de "ferramentas" para os mais variados objetivos.
Um autor, L. Picard, diretor da Escola da Cavalaria de Saumur, chegou a "prescrever" mais de cento e cinqüenta modelos diferentes de embocadura para éguas prenhes, para cavalos turcos, para cavalos que disparam, para cavalos que tem dificuldade de virar para esquerda, etc.

Precisão e sutileza
Apenas mais recentemente chegou-se a uma compreensão mais correta da "conexão neurofisiológica" (Rink 1998) que as embocaduras estabelecem entre as mãos do cavaleiro e a boca do cavalo, órgãos que biologicamente têm fins semelhantes, pois são utilizados na apreensão de alimentos e que por isso são bem dotados de coordenação motora fina. Assim, o uso correto de bridões ou freio vai progressivamente estabelecida uma série de reflexos condicionados, que vão se refinando, até que seja possível para o cavaleiro comunicar suas intenções para o cavalo com um mínimo de força física, porém com um máximo de precisão e sutileza, a ponto do comando ser invisível para observador. Mais do que isso, o bom equitador procurará provocar em sua montaria a sensação de que o desejo do movimento partiu do próprio cavalo.O bom uso da embocadura delimita uma "zona de conforto" para o cavalo (Rink 2000). Por exemplo, com o uso de bridões o cavaleiro aumenta a pressão sobre a rédea esquerda quando deseja virar para esquerda. Um bom equitador precisa cultivar a sensibilidade de interromper a pressão"assim que o cavalo responde da maneira desejada. Este reflexo adquirido é incutido no cavalo jovem do modo mais claro possível, interrompendo a pressão no primeiro instante da mais mínima tentativa de resposta correta - no caso, por exemplo, apenas virando a cabeça ligeiramente para o lado esquerdo. Isto dá ao cavalo a noção de que, quanto mais rápido ele responder ao comando, mais rápido a pressão cessará, e assim sua zona de conforto vai sendo delimitada. O imediatismo da reação positiva do cavaleiro fará com que o potro também vá respondendo cada vez mais rapidamente e mediante ao uso de pressão cada vez mais suave. À medida que o adestramento do cavalo progride, a cadeia de reflexos vai ficando bem estabelecida e o estímulo do cavaleiro pode ir ficando mais suave. Assim, com o cavalo mais avançado, vai se tornando possível trabalhar com um contato mais estável do bridão, onde a sutil "liberação de pressão" continua sendo sentida pelo animal, porém é pouco ou nada perceptível.
Círculo Vicioso
Em contrapartida, se num cavaleiro pouco educado não existe ligação lógica entre a movimentação das rédeas - as quais o cavaleiro às vezes nem se dá conta - e as ações do cavalo - por bem ou por mal o cavalo vai aprendendo a criar mecanismo para resistir à pressão e se defender do desconforto e da dor. Um exemplo fácil de se observar é o "alto", quando a pessoa continua "puxando a rédea" depois que o cavalo já parou, ou pára de puxar alguns segundos depois que o cavalo se imobiliza ( o correto imediatismo de parar com a pressão significa o mais próximo possível do imediato - décimos ou centésimos de segundos nos cavaleiros avançados). Se o cavalo não vê recompensa em obedecer, ou seja, se o desconforto continua não importa o que ele faça, ele vai resistir cada vez mais e o cavaleiro precisará fazer mais força para conseguir a obediência do cavalo. Este é o cenário em que alguém desinformado exclamará: "você precisa usar um freio mais forte!" Só que o freio mais forte aumentará ainda mais o desconforto e a dor e continuará a não trazer o alívio,e o cavalo vai resistir mais ainda e estará formado o circulo vicioso.
Com a utilização de embocaduras mais "fortes" o animal vai perdendo a sensibilidade na boca e ficando cada vez mais difícil de conduzir. Um cavalo educado pressupõe a existência de um cavaleiro com as mãos educadas.E estas dependem absolutamente de uma posição de equilíbrio na sela, pois não é possível usar as mãos de maneira refinada se precisamos delas para nos dar equilíbrio e firmeza na sela; está é a função de pernas.
A prática, de preferência com a supervisão de um bom professor de equitação é essencial. A embocadura deve conferir ao cavaleiro uma ligeira vantagem mecânica, que é necessária em muitas situações,como quando o cavalo se "entusiasma" com a própria força e velocidade, criando um atraso na obediência às indicações de mudanças de velocidade e direção, quando o momento pode estar pedindo precisão e velocidade extrema. No entanto, é importante entender que o uso de uma embocadura mais forte não deve servir para causar mais dor, e sim para refinar e tornar mais preciso determinado comando, ou seja, para diminuir a força e aumentar a sutileza da equitação, sem que isto seja substituído para um domínio da técnica correta.
A embocadura deve conferir ao cavaleiro uma ligeira vantagem mecânica, que é necessária em muitas situações,como quando o cavalo se "entusiasma" com a própria força e velocidade, criando um atraso na obediência às indicações de mudanças de velocidade e direção, quando o momento pode estar pedindo precisão e velocidade extrema. No entanto, é importante entender que o uso de uma embocadura mais forte não deve servir para causar mais dor, e sim para refinar e tornar mais preciso determinado comando, ou seja, para diminuir a força e aumentar a sutileza da equitação, sem que isto seja substituído para um domínio da técnica correta.
Não é possível compreender o mecanismo de funcionamento das embocaduras, nem utiliza-las da maneira desejada, sem entendermos a dinâmica de todo o corpo do cavalo. Bridão ou freio são apenas o ponto de contato mais evidente entre a indicação do cavaleiro e a resposta do cavalo, e onde os problemas primeiro se manifestam, mas são também parte de um conjunto bem mais complexo, onde a deficiência em uma única área irá prejudicar o desempenho do todo.

Anatomia do Cavalo
Anatomicamente falando, a coluna vertebral do cavalo é uma linha horizontal (a parte cervical mais ou menos inclinada, dependendo da situação), que vai do alto da nuca à ponta da garupa. Ela está revestida de músculos e ligamentos e constitui como que o eixo propulsor do cavalo. Continuando as comparações mecanicistas, o "motor"do cavalo é o traseiro - a energia do seu movimento é gerada no posterior e transmitida aos anteriores e antemão através da coluna vertebral. Na frente está a "coluna de direção", onde o impulso recebido será dosado e distribuído. Esta comparação evidencia algumas coisas: primeiro que o cavalo precisa estar bem trabalhado e flexível, com todas as partes do seu corpo funcionando em uníssono, para permitir a condução de energia do movimento do posterior para o anterior. Está é a importância da busca por um animal que trabalhe engajado e colocado. Segundo, o equitador precisa ter capacidade de gerar, distribuir e direcionar a impulsão, sem a qual a equitação não existe. A grosso modo, é possível dizer que o cavaleiro gere a impulsão com as pernas e, através das rédeas, estabeleça o limite da ação com as mãos. A mão educada, respaldada pelas atitudes mais ou menos enérgicas de pernas, determina velocidade e direção do movimento. No avançar a galope, por exemplo, o nível de energia gerado tem intensidade e direção diferentes do que na volta a passo para a direita.
Sensor de diagnóstico
Quanto mais pensarmos na embocadura com um sensor de diagnóstico do grau de flexionamento da coluna vertebral, e, portanto de todo cavalo mais fica claro que ela serve tanto ou mais para que o cavaleiro "ouça" o cavalo, e não apenas para que ele "grite ordens", como poderíamos erroneamente pensar. Qualquer problema de transmissão, de fluxo de movimentos, de resistência ao trabalho proposto, ficará perceptível de imediato para as mãos do cavaleiro educado, que saberá iniciar manobras corretivas - de novo, partindo de pernas e sendo direcionadas pelas mãos. Jamais a ordem inversa. Se a embocadura for à chave do cavalo ela apenas abre a porta de entrada ao universo complexo e fascinante da equitação, cuja exploração vai muito além desta soleira. A melhor ferramenta depende da habilidade do artista para funcionar corretamente. Não imaginamos que um cinzel saiba, sozinho, esculpir o mármore, nem que um bisturi opere corretamente quando não está nas mãos habilitadas de um cirurgião. No entanto, muitas pessoas gostariam de encontrar uma embocadura "mágica", que resolve todos os problemas de comunicação e obediência entre cavalo e cavaleiro, independentemente do nível de equitação de ambos. Não há substitutos para a dedicação e a disciplina, reconhecendo que o aprendizado da equitação, ciência e arte, começa um dia, porém não termina jamais.

Castrar Ou Não

EIS A QUESTÃO !
O CONHECIMENTO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E ANATOMIA DO APARELHO REPRODUTOR EQÜINO SÃO FUNDAMENTAIS PARA DIFERENCIAR O QUE É ANORMAL DO NORMAL E , ASSIM, DIMINUIR AS CONSEQÜÊNCIAS GRAVES DE UMA CASTRAÇÃO INADEQUADA.
AS COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA CASTRAÇÃO PODEM SER CAUSADAS POR REAÇÕES INDIVIDUAIS DO CAVALO, MAS TAMBEM POR ATOS CLINICOS-CIRURGICOS REALIZADOS POR LEIGOS, QUE MUITAS VEZES OFERECEM SERVIÇOS A PREÇOS IRRISÓRIOS OU SEM CUSTO ALGUM.
COMO EM QUALQUER ATO CIRÚRGICO, O CAVALO DEVE SER EXAMINADO E AVALIADO CLINICAMENTE POR UM ESPECIALISTA PARA A CORRETA INDICAÇÃO DA TÉCNICA E DO ACESSO A SEREM APLICADOS. OS RISCOS ANESTÉSICOS DEVEM SER DISCUTIDOS E DEMONSTRADOS, JUNTAMENTE COM ESCLARECIMENTOS SOBRE POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES PÓS-CIRURGICAS.
AS COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS DA CASTRAÇÃO INCLUEM O EDEMA PÓS-OPERATÓRIO, HEMORRAGIA EXCESSIVA, EVENTRAÇÃO, FUNICULTIRES, PERITONITES, HIDROCELE, DANOS AO PÊNIS E A CONTINUIDADE DO COMPORTAMENTO DE GARANHÃO.

A DECISÃO DO CRIADOR
O ANIMAL CASTRADO PARECE, A MUITOS , UM CAVALO QUE PERDEU ALGO, COMO VALOR COMERCIAL MENOR E SEM O ÍMPETO MACHISTA DE UM GARANHÃO. FELIZMENTE, ESTA MENTALIDADE JÁ ESTA SENDO ALTERADA POR BOA PARTE DOS CRIADORES E SENDO BEM ASSIMILADA TAMBEM PELOS PROPRIETÁRIOS FINAIS. UM ANIMAL INTEIRO TEM POR FINALIDADE TRANSMITIR A SEUS DESCENDENTES SUAS CARACTERÍSTICAS EXTERNAS DE UMA BOA CONFORMAÇÃO AGREGADAS AO HISTÓRICO GENÉTICO DE SEUS ANTEPASSADOS E Á EXCELÊNCIA ESPORTIVA OU LINHAGENS DE CONFORMAÇÃO.
SEGUINDO ESTÁ LINHA DE RACIOCÍNIO, A DÚVIDA DE CASTRAR ou Nao UM ANIMAL DEVE SER DO CRIADOR, E NÃO DO PROPRIETÁRIO FINAL, QUE MANTÉM O ANIMAL PARA O ESPORTE E LAZER.

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO
O COMPORTAMENTO DE UM CAVALO CASTRADO MUDA ? SIM E MUITO ! A TESTOSTERONA, HORMÔNIO ANDROGÊNICO, PRODUZIDO PELOS TESTÍCULOS É RESPONSAVEL PELA LIBIDO , IRÁ DIMINUIR MUITO COM A RETIRADA DAS ESTRUTURAS. EXTERNAMENTE, NÃO HÁ DIFERENÇAS, MAS O CAVALO CASTRADO FICA MAIS CALMO, MENOS ESTRESSADO, PERDENDO GRADATIVAMENTE A LIBIDO, PASSANDO A SE ALIMENTAR MELHOR E GANHANDO PESO ACENTUADO, COM UM COMPORTAMENTO CADA VEZ MAIS PACATO. O INSTINTO SEXUAL DO ANIMAL CASTRADO VAI DIMINUINDO AOS POUCOS , ATÉ QUE TERMINE A QUANTIDADE DE TESTOSTERONA CIRCULANTE, QUANDO ELE PERDE A CAPACIDADE DE FECUNDAR, ESSE TEMPO LEVARÁ 45 A 120 DIAS.

Andamento

Os Quatro Principais Andamentos



PASSO
O passo é o andamento natural, a quatro tempos, marcado pela progressão sucessiva de cada para lateral de pés. Quando a marcha começa com a perna posterior esquerda, a sequência é a seguinte: posterior esquerda,dianteira esquerda, posterior direita, anterior direita. No passo calmo, os pés de trás tocam o solo adiante das pegadas feitas pelos pés da frente. No passo ordinário, os passos são mais curtos e mais elevados, e os pés de trás tocam o solo atrás das pegadas dos pés dianteiros. No alongado, os pés de trás tocam o chão antes das impressões dos pés da frente. No livre, todo o esquema é prolongado.



TROTE
O trote é o andamento simétrico, a dois tempos, em que um par diagonal de pernas toda o solo simultaneamente e, depois de um momento de suspensão, o cavalo salta apoiado no outro para diagonal. Por exemplo: no primeiro tempo, o pé anterior esquerdo e o pé posterior direito pousan no solo juntos ( diagonal esquerda ). No segundo tempo, o pé dianteiro e o pé traseiro esquerdo pisam juntos ( diagonal direita ). No trote, o joelho jamais avança a frente de uma linha imaginária perperdicular tirada do topo da cabeça do animal até o solo. As estilizações supremas do trote são a piaffer, em que o cavalo, sem avançar, fica batendo no chão, alternadamente, com os pés dianteiros; a passagem ( esp. paso, fr. pas de côté ), em que ele se desloca para o lado, trocando os pés, sem avançar.
 













CÂNTER
O cânter ( do ing. canter ) é um andamento a três tempos, em que o cavalo avança com a perna dianteira direita quando gira para a direita e vice-versa. Quando o cavalo tenta virar para a esquerda avançando com a perna dianteira direita, portanto, a do lado de fora no movimento, esse avanço é chamado um "avanço falso" ou cânter com a perna errada. A sequência de pisadas que dão as três batidas rítmicas no chão são, quando o movimento se inicia com a perna dianteira direita: posteior esquerda, esquerda diagonal ( em que as pernas dianteiras direita e traseira esquerda, tocam o solo simultâneamente ) e, por fim, perna dianteira direita - dita "de guia".





GALOPE 

O galope é o mais rápido dos quatro andamentos naturais. Descrito habitualmente como um andamento a quatro tempos, sofre variações na sequência de acordo com a velocidade. Com a perna dianteira direita na liderança, a sequência de pisadas é a seguinte: posterior esquerda, posterior direita, ao que se segue um período de suspensão total, em que todos os pés estão no ar. Um puro-sangue inglês ( thoroughbred ) galope a 48 Km/h ou mais. O pé mais avançado toca no chão em linha com o nariz, mesmo que, estirada a perna ao máximo, o pé fique no ar à frente dessa linha.